Será que realmente nós mulheres sabemos a importância deste conceito? Todas as vezes que nos reunimos falamos sobre a sororidade, sobre nos relacionarmos de maneira mais empática entre nós.
Na prática, poucas de nós realmente se entregam ao verdadeiro sentido da empatia, da conexão. É perfeitamente compreensível que isso aconteça, fomos criadas para competir, para desconfiar umas das outras.
Nunca se falou tanto, nunca se viu tantos grupos de mulheres se reunindo para conversar, para se aproximar e se reconhecer como parte de um sistema que consciente ou inconscientemente nos exclui.
Como gerar a empatia genuína? Como acreditar nas mulheres que estamos conhecendo nesses grupos?
Ainda existe muita desconfiança, um desconforto silencioso.
Sabemos da importância de estarmos juntas para discutir temas em comum, mas ainda estamos inseguras para fezê-lo.
Primeiramente, devo dizer que não precisamos nos culpar por essa atitude muito sutil de falta de entrega. O passo fundamental é tomar consciência de que o caminho para a real sororidade começa por reconhecer os próprios sentimentos e crenças sobre o tema.
A confiança vem de uma característica feminina que quebra todas as barreiras de comunicação e reconexão: a verdade. Quanto mais autênticas, quanto mais vulneráveis e transparentes, mais fácil é o caminho de conexão com as outras.
O autoconhecimento é fundamental, para que você se sinta ancorada no seu próprio valor, na sua capacidade de compreender suas conquistas, suas lutas, frustrações e realizações.
Quanto mais alinhada com sua própria história e aprendizados, mais fácil fica de se conectar com a história e a potência de outras mulheres, desta maneira a competitividade se esvazia e se torna desnecessária.
Uma boa rede de apoio é feita de confiança e autoconfiança!
Temos muito a conversar e a aprender umas com as outras.
Outro ponto que percebo nas conversas é que as mulheres tem medo de ao se unirem, se sentirem desconectadas com os homens.
Isso é completamente infundado.
Quando estamos nos reunindo, estamos nos reconciliando com nossas similaridades, nossos desafios em comum. Para que? Para repensar um mundo melhor para todos. Afinal de contas, muitas de nós, somos mães de homens e mulheres! Que mundo queremos para nossos filhos?
Esse é o verdadeiro sentido, essa é a potência dos valores femininos em movimento: contribuir para relações mais profundas, genuínas, saudáveis e afetivas.
Nossa fortaleza está na união de esforços para abrir cada vez mais espaços de cooperação, empatia, humanização das relações entre nós mulheres e homens!
O poder das características femininas é exatamente o olhar mais holístico e agregador.
Que possamos desfrutar da sororidade, sem receios. O mundo precisa de todos nós.